É necessário telefonar e agendar uma consulta de avaliação diagnóstica. Nessa consulta o familiar e o dependente químico serão atendidos e após a avaliação será indicado a modalidade de tratamento mais adequada para o caso.
A consulta pode ser particular ou através do plano de saúde. Favor verificar se o seu plano de saúde custeia a consulta, se não gentileza telefonar para o Vila Serena, a fim de ser informado sobre os valores.
A internação dura no mínimo 60 dias.
O tempo total do tratamento vai depender da evolução terapêutica do paciente. Diversos fatores podem interferir nesse processo de adesão ao tratamento.
Por exemplo, o tempo de uso de drogas, o tipo de dependência, o desejo de recuperação, a boa vontade em participar das atividades terapêuticas, dentre outros.
O período do Pós-Tratamento é a fase mais importante da recuperação, pois é o momento de reintegração do dependente químico ao mundo real, com todos os seus problemas. Nesse momento ele precisa de todo apoio possível e por isso Vila Serena faz questão de fazer parte dele, além, sem dúvida, do apoio indispensável da família, da empresa e dos grupos de ajuda mútua - AA/NA.
O Pós-Tratamento é formado por pessoas que já concluíram a fase de internação e se encontram semanalmente, durante 1 ano, sob orientação e coordenação de um terapeuta de Vila Serena. Esses encontros têm o objetivo de acolher, acompanhar e orientar essas pessoas durante o primeiro ano, ajudando no processo de reinserção social e consolidação da recuperação.
É um Programa elaborado para as famílias dos Dependentes Químicos, que estão em tratamento no Vila Serena, com o objetivo de prepará-los para conviver com o dependente, sem deixar de viver sua própria vida. Neste momento, damos início ao processo de conscientização a cerca da co-dependência e de sua impotência perante à doença.
Vila Serena atende cliente particular, de plano de saúde e de plano empresa (ver nossa lista de conveniados).
O custo vai depender da modalidade de tratamento indicada (internação, ambulatorial ou residência dia).
Fineza consultar esses valores através do tel: (71) 3378-1535.
Nossa diária é global, e inclui:
Assistente social, educador físico, terapeuta de família, psicólogo, médico psiquiatra, biblioteca, grupos terapêuticos, palestras com programação didática visando a mudança de conceitos e hábitos pessoais, hotelaria, alimentação sistema buffet, lavanderia de roupa pessoal, quartos climatizados, programação interna de lazer seguro de acidentes, translado para reuniões externas a grupos de auto-ajuda.
Além disso, estão incluídos no custo, o tratamento de 2 membros da família no Programa Familiar e um ano de acompanhamento semanal ao dependente químico, no centro onde foi feita a internação.
Em linguagem coloquial droga tem um significado de coisa ruim, sem qualidade. Na linguagem médica, droga é sinônimo de substancia que age no corpo alterando para melhor ou pior a função de um ou mais órgãos, resultando em mudanças fisiológicas ou de comportamento. O termo Droga teve origem na palavra droog (holandês antigo), que significa folha seca, isto porque antigamente quase todos os medicamentos eram feitos à base de vegetais. As chamadas drogas psicotrópicas atuam no cérebro (psico=mente, trópico=ter atração por), alterando a forma de sentir, pensar, perceber e comportar.
As drogas têm efeito em vários órgãos do corpo humano (ver especificamente cada droga), mas o efeito básico que motiva a pessoa usar está no cérebro. Este pequeno grande computador que todos nós temos funciona como uma rede de conexões (neurônios) que se comunicam através de substâncias chamadas neurotransmissores. Cada função cerebral está relacionada a um ou mais neurotransmissores que estando numa quantidade ótima faz tudo funcionar bem, mas o excesso ou escassez de um, alguns ou vários deles provoca distúrbios relacionados à função que ele gerencia.
Por exemplo:
• De origem vegetal
Mescalina (do cacto mexicano); THC (maconha e haxixe); Psilocibina (de certos cogumelos); Anticolinérgicos; (trombeteira, zabumba ou saia branca);
• De origem sintética
LSD-25; Êxtase; Outras substâncias.
As anfetaminas são drogas sintéticas produzidas em laboratório. Foi usada inicialmente como descongestionante nasal, antidepressivo, moderador de apetite, controlador de peso, substitutivo do sono e para aumentar a performance. Foi usada também no tratamento da hiperatividade infantil e narcolepsia (períodos de sono incontrolável).
As anfetaminas interferem na dopamina e noradrenalina, que são neurotransmissores do Sistema Nervoso.
A dopamina e noradrenalina possuem várias funções fisiológicas e comportamentais. Os estados de apetite, saciedade, vigília e funções psíquicas estão envolvidos. A ingestão de anfetamina causa insônia, perda de apetite e um estado de hiperexcitabilidade. A pessoa se torna muito ativa, inquieta e extrovertida. Ocorre também midríase (dilatação das pupilas).
As anfetaminas também são conhecidas como “BOLINHAS”, “REBITES”.
São absorvidas por ingestão, inalação (cheirar), injeção ou fumo. Seus efeitos lembram os da cocaína. Os mecanismos de ação pouco diferem, mas a duração, intensidade e a toxicidade diferem significativamente. Uma forma de distinguir a droga é através de testes toxicológicos.
A cocaína está presente em todas as partes do arbusto Erythroxylon coca originário da América do Sul. Durante muito tempo não teve problemas significativos de abuso, devido ao baixo teor de cocaína encontrado nas folhas e à baixa absorção da quantidade total disponível. A extração da cocaína tornou possível ter acesso a altas doses, especialmente por inalação (cheirar) e injeção intravenosa.
A cocaína aumenta a quantidade de dopamina no circuito de recompensa cerebral, causando um intenso prazer, bem-estar e euforia momentâneos e reforçando a ingestão de drogas.
O aumento da vivacidade e dos movimentos, os pensamentos alterados e a supressão do apetite também são efeitos da cocaína no SNC (sistema nervoso central) que envolvem outros neurotransmissores. A falta de apetite induzida pela cocaína pode provocar grande perda de peso e até desnutrição.
Numa dose exagerada (overdose) aparecem sintomas de irritabilidade, agressividade, delírios e alucinações. Pode ocorrer também aumento da temperatura e da pressão arterial, taquicardia e degeneração dos músculos esqueléticos. Este excesso pode levar até a morte, que ocorre por convulsões, falência do coração ou depressão do centro controlador de respiração.
Se a droga for usada pela via endovenosa ou respiratória os efeitos são quase imediatos. A aspiração também irrita a mucosa nasal e seu uso crônico pode determinar ferimentos nasais, tornando o dependente fungante e freqüentemente com hemorragias nasais.
O uso pela via endovenosa, além do risco de overdose, há também o perigo de infecção através d seringas contaminadas, principalmente com o vírus da AIDS, da hepatite e de outras doenças transmissíveis.
A nicotina é a substancia psicotrópica da planta da espécie Nicotiana. tabacum. A nicotina é um veneno potente que pode causar a morte. A nicotina é considerada uma droga de passagem, que pode fazer com que alguns adolescentes se iniciem no uso abusivo do álcool, maconha e outras drogas.
A nicotina afeta todos os principais sistemas do corpo, mas é usada principalmente pelos seus efeitos estimulantes sobre o sistema nervoso central (SNC). Os efeitos desejados da nicotina no SNC incluem prazer, aumento da vivacidade, criatividade, desempenho de tarefas, relaxamento, diminuição da ansiedade e do apetite.
A nicotina tem uma molécula estruturalmente parecida com a acetilcolina que é um neurotransmissor do próprio cérebro, isto faz com que ela se ligue a receptores de acetilcolina desencadeando estímulos que em última instancia vão liberar dopamina no circuito da recompensa, reforçando o seu próprio consumo, como outras drogas de abuso.
Pelo efeito das outras 4.719 substancias do tabaco (cigarro, cachimbo, charuto e fumo de corda), o fumante tem maior possibilidade de desenvolver Neoplasias ou cânceres de inúmeros órgãos como: boca, garganta, laringe, faringe traquéia, pulmão, esôfago, bexiga; aumento da chance de infarto, derrame, infertilidade, impotência.
O fumo também tem efeitos adversos em mulheres, bebês em desenvolvimento e crianças. Os bebês de fumantes são menores que os bêbes de não fumantes em todos os estágios de desenvolvimento, e são também freqüentemente mais prematuros que os bebês de não fumantes.
Mulher fumante tem probabilidade de ter menopausa precoce, com maior risco de osteoporose.
O álcool talvez seja a droga mais antiga usada pela espécie humana
O álcool ativa o circuito de recompensa do cérebro, onde na maioria das vezes aumenta as ações inibitórias do neurotransmissor GABA (ácido gama – aminobutírico). Os neurônios expostos ao álcool não são capazes de conduzir os impulsos nervosos como a mesma velocidade e freqüência com que faz normalmente, devido aos efeitos sedativos do álcool no cérebro. Sendo absorvido principalmente pelo intestino delgado, as alterações dependem da quantidade, a massa corporal, o metabolismo e a quantidade de alimento existente no estômago. A metabolização do álcool é proporcional ao peso do corpo, sendo que em média 10 ml de álcool puro são metabolizados em 3 (três) horas.
Os efeitos do álcool dependem de fatores como quantidade de álcool ingerido em determinado período, uso anterior de álcool e a concentração de álcool no sangue. O uso de álcool causa desde uma sensação de calor até o coma e a morte dependendo da concentração que o álcool atinge no sangue Curto período (8 a 12 horas) após a ingestão de grande quantidade de álcool pode ocorrer a “ressaca”, que se caracteriza por: dor de cabeça, náusea, tremores e vômitos.
Isso ocorre tanto devido ao efeito direto do álcool ou outros componentes da bebida. Ou pode ser resultado de uma reação de adaptação do organismo aos efeitos do álcool. A combinação do álcool com outras drogas (cocaína, tranqüilizantes, barbituratos, anti-histamínicos) pode levar ao aumento do efeito, e até mesmo à morte. Os efeitos do uso prolongado do álcool são diversos. Destacam-se doenças do coração e do sistema digestivo (fígado, pâncreas, estomaga). Secundariamente ao uso crônico abusivo do álcool, observa-se: perda de apetite, deficiências vitamínicas, impotência sexual ou irregularidades do ciclo menstrual.
A pequena ingestão de álcool pode trazer algum benefício à saúde. O consumo moderado pode resultar em uma pequena redução dos níveis de lipídio (gordura) no sangue e dar um modesto empurrãozinho favorável ao “bom” colesterol.
As drogas desse grupo promovem a ligação do ácido (a-aminobutírico (GABA), principal neurotransmissor inibidor, a receptores na membrana dos neurônios. Com isso permitem um aumento de correntes iônicas através dos canais de cloreto, inibindo a atividade neuronal. O benzodiazepínico tem um efeito sedativo-hipnótico dependendo da dose utilizada.
Como o aumento progressivo da dose os efeitos são: sono, inconsciência, anestesia cirúrgica, coma e por fim a depressão fatal da regulação respiratória e cardiovascular.
Os efeitos indesejados que ocorrem mesmo com o uso de doses terapêuticas são: graus variados de tonteiras, lassitude, tempo de reação aumentado, falta de coordenação motora, comprometimento das funções mental e motor, confusão, amnésia anterógrada, e alterações nos padrões de sono. Outros efeitos colaterais que podem ocorrer são: fraqueza, cefaléia, turvação visual, vertigem, náuseas e vômitos, desconforto epigástrico e diarréia, dores articulares, torácica e incontinência urinária.
Os barbitúricos foram por muito tempo, a droga de escolha para o tratamento da insônia. Seu declínio deu-se por vários motivos como: mortes por ingestão acidental, o uso em homicídios e suicídios, principalmente pelo aparecimento de novas drogas como os benzodiazepínicos.
A principal ação do barbitúrico é sobre o Sistema Nervoso Central. Eles podem causar depressão profunda, mesmo em doses que não têm efeito sobre outros órgãos. A depressão pode variar sendo desde um efeito sedativo, anestésico cirúrgico, ou até a morte. Outro efeito dos barbitúricos é o de causar sono, podendo induzir apenas o relaxamento (efeito sedativo) ou o sono (efeito hipnótico), dependendo da dose utilizada.
Os narcóticos são também chamados de opiáceos ou opióides. Geralmente os narcóticos sedam, ou seja, reduzem a atividade do sistema nervoso central (SNC).
Entre os narcóticos estão o ópio, um preparado bruto do sumo ou látex das papoulas; a morfina e a codeína, os princípios ativos básicos do ópio, algumas substâncias químicas sintéticas e semi-sintéticas como a heroína e o fentanil.
A analgesia, ou alívio da dor, e a euforia, uma sensação intensa de prazer e bem estar são dois efeitos dos narcóticos. A diminuição da respiração acompanha ambos os efeitos e é a causa da morte por overdose.
A preocupação com os problemas do uso excessivo de narcóticos e da dependência intensificou-se pelo mundo inteiro depois da virada deste século, com a introdução da heroína. A heroína é um derivado semi-sintético da morfina e é dez vezes mais potente que a morfina, sendo capaz de atingir o cérebro muito mais rapidamente. Isto explica, em parte, a tendência muita alta do uso abusivo de heroína.
Os efeitos dos narcóticos resultam da interação da droga com os receptores específicos em várias áreas do SNC, incluindo o circuito de recompensa e a medula espinhal.
A palavra solvente significa substância capaz de dissolver coisas e inalante é toda substância que pode ser inalada, isto é, introduzida no organismo através da aspiração pelo nariz ou boca. Normalmente todo o solvente é uma substância altamente volátil, isto é, se evapora muito facilmente sendo daí que pode ser facilmente inalada. Outra característica dos solvente ou inalante é que muitos deles são inflamáveis, isto é, pegam fogo.
O início dos efeitos, após a aspiração, é bastante rápido – de segundos a minutos no máximo – e em 15 – 40 minutos já desaparecem; assim o usuário repete as aspirações várias vezes para que as sensações durem mais tempo.
Os efeitos dos solventes ou inalantes podem ser estimulatórios, ou de depressão e até causar alucinações. Podem ser divididos em quatro fases.
Primeira fase: é a chamada fase de excitação e é a desejada, pois a pessoa fica eufórica, aparentemente excitada, ocorrendo tonturas e perturbações auditivas e visuais. Mas, pode também ocorrer náuseas, espirros, tosse, muita salivação e as faces podem ficar avermelhadas.
Segunda fase: - a depressão do cérebro começa a predominar, com a pessoa ficando em confusão, desorientada, voz meio pastosa, visão embaçada, perda do autocontrole, dor de cabeça, palidez, a pessoa começa a ver ou ouvir coisas.
Terceira fase: - a depressão se aprofunda com redução acentuada do alerta, incoordenação ocular (a pessoa não consegue mais fixar os olhos nos objetos) incoordena motora com marcha vacilante, já pode ocorrer evidentes processos alucinatórios.
Quarta fase: - depressão tardia, que pode chegar à inconsciência, queda da pressão, sonhos estranhos, podendo ainda a pessoa apresentar surtos de convulsões.
Esta fase é mais característica nos cheiradores que usam sacos plásticos e após certo tempo de uso a intoxicação pode tornar-se muito perigosa, podendo mesmo levar ao coma e morte.
A aspiração repetida, crônica dos solventes pode levar a destruição de neurônios (as células cerebrais) causando lesões irreversíveis do cérebro. Apresentam-se também apáticas, têm dificuldade de concentração e déficit de memória.
A mescalina origina-se de uma planta conhecida como CACTUS MEXICANO. Também chamada PEIOTE ou MESCAL, era usada, antes mesmo da conquista da América pelos espanhóis, pelos índios mexicanos e americanos. Os índios usavam esta droga em cerimônias religiosas devido às alucinações e estado de êxtase que provocava.
A ação da mescalima é semelhante à do LSD, porém, com efeitos de intensidade menor.
A maconha, ou marijuana, conhecida no Extremo Oriente como haxixe, é extraída de uma planta originária da Ásia Central, denominada cânhamo indiano ou Cannabis Sativa.
A ação da Cannabis sativa sobre o SNC é bastante danosa, variando apenas na intensidade de pessoa para pessoa.
O princípio ativo da maconha é o THC (tetrahidrocanabinol) e como o cigarro da maconha é feito de folhas secas da planta, é a quantidade de THC que determina seu menor ou maior efeito. O THC é uma molécula solúvel em gordura que, uma vez na corrente sanguínea, é rapidamente distribuída aos tecidos gordurosos, onde é armazenada. A acumulação do THC ocorre na gordura neutra, no fígado, nos pulmões e no baço.
A maconha é uma droga perturbadora do Sistema Nervoso, ou seja, ela altera o funcionamento normal do cérebro, provocando fenômenos psíquicos do tipo delírios e alucinações.
Para melhor compreensão dividiremos os efeitos em:
Sabe-se que durante séculos os índios mexicanos ingeriam cogumelos e apresentavam pulso lento, mídriase (dilatação das pupilas), perturbações neurológicas e psíquicas – alucinações e experiências psicodélicas.
Plantas do gênero Datura (cartucho, trombeta, saia-branca, zabumba), utilizadas como arbustos ornamentais, produzem substâncias anticolinérgicas, como a atropina e escopolamina. Essas plantas podem ser encontradas em diversas regiões do Brasil, principalmente a Datura suaveolens e a Datura stramonium.
A triexafenidila é uma substância sintética, que também tem efeito anticolinérgico. É usada para o tratamento de mal de Parkinson, mas a ingestão de grandes quantidades leva a fortes efeitos no sistema nervoso central e em outros órgãos do corpo.
Essas substâncias têm a capacidade de bloquear os receptores onde o neurotransmissor, acelticolina, age.
Os anticolinérgicos, tanto de origem vegetal como os sintetizados no laboratório, atuam principalmente produzindo delírios e alucinações. São comuns as descrições pelas pessoas intoxicadas de se sentirem perseguidas, de verem pessoas e bichos, etc. Estes delírios e alucinações dependem bastante da personalidade da pessoa e de sua condição, assim, nas descrições de usuários destas drogas, encontram-se relatos de visões de santos, animais, estrelas, fantasmas, entre outras imagens. Os efeitos são bastante intensos, podendo demorar até 2,3 dias.
Apesar disso, o uso de medicamentos anticolinérgicos (com controle médico) é muito útil no tratamento de algumas doenças como, por exemplo, a Doença de Parkinson.
A sigla LSD vem do nome científico “LYBERG SAURE DIETBYLAMID”, sendo conhecido quimicamente como dietilamina do ácido lisérgico. A ação alucinógena poderosa do LSD foi descoberta ocasionalmente pelo Dr. Albert Hofmann, na Suíça, em 1943.
O LSD é uma droga perturbadora do sistema nervoso, ou seja, ela provoca alterações no funcionamento do cérebro, causando fenômenos psíquicos como alucinações, delírios e ilusões.
O LSD contém em sua estrutura o núcleo indol, que também está presente em um neurotransmissor do cérebro, a serotonina. Em decorrência disto interfere no mecanismo de ação da serotonina.
Os efeitos do LSD surgem em média 20 minutos após a aplicação e podem durar de 06 a 12 horas. Porém, em muitas situações os efeitos podem reaparecer depois de uma semana, ou meses, e com a mesma intensidade. A isso se denomina “FLASHBACK”, através do qual os usuários sentem os efeitos da droga sem a terem ingerido. Isto se deve ao acúmulo do LSD no organismo por longo tempo.
Os efeitos físicos observados são: dilatação das pupilas, sudorese, aumento da freqüência cardíaca, aumento de temperatura. Podem ocorrer também náuseas e vômitos.
Ressaltam-se as alterações psíquicas. Nesta fase ocorre o surgimento de alucinações visuais em forma de imagens fantásticas e coloridas, desinibições, audições de sons incomuns. Também acontecem sensações desagradáveis de pânico, terror, e sensações de deformidade externa do próprio corpo. O usuário perde a noção de perigo, podendo colocar sua vida em risco. Após ingerir a droga a pessoa também pode sentir angústia, hostilidade e irritação.
A sigla MDMA é a abreviação do nome Metilena-DioxiMetaAnfetamina, conhecida popularmente com o nome de Êxtase. Ela é uma droga que além de produzir alucinações provoca grande aumento da libido. Ela libera grande quantidade de serotonina levando à exaustão do neurônio que pode ser destruído irreversivelmente.
É preciso observar alguns indicadores. Os identificadores abaixo são somente SINAIS DE ALERTA. Nem sempre são conseqüências de dependência química. CUIDADO para não rotular ou diagnosticar precocemente uma pessoa ao observar um ou mais desses sinais.
Sinais de alerta para ficar atento:
Esta é uma das perguntas mais difíceis de responder, pois não é fácil separar o comportamento de um adolescente típico daquele que é produzido pelas drogas. Porém, a título de exemplificação, citaremos algumas observações que são fruto da experiência do tratamento de usuários de álcool e outras drogas, fornecendo sem alarde, o esclarecimento às famílias.
É importante relatar que, necessariamente, a ocorrência de quaisquer dessas alterações não quer dizer que o jovem seja um dependente, pois algumas delas poderão ser resultantes de algum distúrbio físico ou psicológico.
Inúmeros motivos podem levar uma pessoa a experimentar drogas como: curiosidade, necessidade de pertencer a grupos, conflitos familiares, auto-afirmação, dificuldades de lidar com emoções como raiva, alegria, tristeza, medo, ansiedade.
No entanto o tornar-se doente dependente químico, implica numa interação de vários fatores.
Percebe-se que os motivos iniciais que levam uma pessoa a usar, experimentar drogas não são os motivos pelos quais ela continua a usar. Tornar-se dependente químico implica num processo interativo do sujeito, da droga e do meio cultural que esta inserido.
É um processo de ausência da droga, que muitas vezes é penoso e desconfortável. Dependendo da quantidade e tempo de uso da droga, a síndrome leva alguns dias.
O sofrimento e a intensidade dos sintomas variam conforme a droga utilizada, podendo levar a pessoa a se colocar em situações de risco. O dependente, mesmo que já não queira mais usar a droga, acaba usando como uma forma de lidar com os desconfortos físicos e emocionais.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o alcoolismo é uma doença física, espiritual e mental. O álcool é uma droga que seletivamente cria dependência.
A medicina ainda não sabe por que algumas pessoas desenvolvem a dependência e outras não. Sabe-se que herança genética, personalidade e ambiente social e familiar são fatores predisponentes para o problema.
É uma doença que pode afetar vários órgãos, daí a preocupação de estar sempre vigilante e fazer acompanhamento especializado.
A maioria dos dependentes químicos não pede ajuda. São pessoas doentes, incapazes de pensar racionalmente e de abandonar a droga por si própria. Utilizam sempre mecanismos de defesa como negação e minimização, verbalizando que não são dependentes químicos e usam apenas socialmente: “usa quando quer e para quando quer”.
Segundo o fundador de Vila Serena John E. Burns, PhD
A chave para ajudar um alcoólatra ou dependente de drogas na ativa, é entender que eles desenvolveram um sistema de vida ilusório. Eles não percebem o uso de substâncias psicoativas como sendo um problema e sim como uma solução. "Meu problema não é o álcool ou a droga, meu problema são as pessoas. Se as pessoas me deixassem em paz...”.
A meta é penetrar nesse sistema e, se você está próximo dessa pessoa, vai precisar de ajuda, pois, provavelmente você é percebido como sendo parte do problema. Vila Serena tem um programa especial de orientação para as pessoas que convivem com um dependente.
O primeiro passo é aprender mais sobre dependência química e avaliar como ela está atingindo emocionalmente você e sua família. Participe de grupos para familiares, Al-Anon e Nar-Anon, que operam paralelamente aos Alcoólicos e Narcóticos Anônimos, e faça uso da literatura específica disponível. Na medida em que sua percepção do problema muda, seu relacionamento com o dependente vai mudar para um melhor nível de compreensão. Você precisa aprender a separar a pessoa da doença e das atitudes que ela tem em função do uso de drogas. Você tem que aprender a deixar o dependente químico arcar com as conseqüências do seu uso de drogas, para que ele perceba a realidade em que está vivendo.
O próximo passo é procurar os recursos de tratamento que estão disponíveis na comunidade, compatíveis com sua disponibilidade financeira, como os grupos de AA, NA, centros de tratamento e profissionais especializados no tratamento de dependência química.
Se você tem acesso a uma equipe de intervenção de uma entidade local de tratamento, inicie o processo imediatamente. Caso contrário, aguarde uma "brecha" ou oportunidade para penetrar nesse sistema de vida ilusório. Isto geralmente acontece durante uma ressaca, após um problema policial ou qualquer outra situação embaraçosa.
Estando ciente dos recursos disponíveis na comunidade, você está preparado para pedir ajuda de imediato ou para encaminhar o dependente a um centro de tratamento sem demora.
Nunca aceite violência enquanto aguarda o momento certo para intervir. Saia imediatamente de casa ou chame a polícia.